As lâmpadas são parte do cotidiano de quase todas as pessoas do mundo. Sendo uma das grandes invenções científicas do século XIX, passou por diversas adaptações e melhorias até os dias atuais. São encontradas de diversas formas em, praticamente, todas as casas. Usadas como itens de decoração ou iluminação funcional, as lâmpadas são um dos elementos principais em lares diversos.
Atualmente, os principais tipos de lâmpadas comercialmente disponíveis são as incandescentes, as fluorescentes e as de LED. As lâmpadas incandescentes forma muito utilizadas, mas já não são facilmente encontradas porque as outras duas versões têm uma eficiência maior e são mais viáveis do ponto de vista econômico. As composições das três são diversas, mas o princípio de funcionamento é o mesmo: a aplicação de uma corrente elétrica induz o sistema a transformar energia elétrica em outras formas de energia (térmica ou luminosa).
Nas lâmpadas incandescentes, ao ligar o interruptor, uma corrente elétrica é aplicada a duas gotas de solda de prata conectadas a fios de cobre e, por fim, a um fio muito fino chamado filamento, geralmente composto por tungstênio. Quando a corrente elétrica chega ao filamento, este é aquecido e emite luz (incandescência!). Nesse tipo de lâmpada, ocorre a conversão de energia elétrica em térmica e luminosa. Por isso ambientes com lâmpadas incandescentes tendem a ficar mais quentes.
As lâmpadas fluorescentes são constituídas de um tubo de vidro preenchido com gás argônio e vapor de mercúrio. Em cada extremidade do tubo é posicionado um eletrodo. O eletrodo, neste caso, é um elemento utilizado para fazer a interface entre fases sólidas condutoras e fases aquosas ou gasosas, permitindo que o sistema conduza corrente elétrica. Dessa forma, quando acionado o interruptor, uma corrente elétrica é aplicada aos gases e, quando ocorre o choque dos elétrons com o vapor de mercúrio, ele passa a emitir radiação ultravioleta, que é convertida a luz visível ao se chocar com o revestimento de fósforo do tubo. Vale lembrar que mercúrio é um elemento bioacumulativo, por isso deve-se tomar muito cuidado quando a lâmpada quebra, inclusive no seu descarte.
A sigla LED vem do inglês Light Emitting Diode (Diodo Emissor de Luz). Diferente do eletrodo, o diodo é um componente eletrônico que permite a passagem de corrente em um só sentido. No caso do LED, esse diodo é composto por cristais de silício ou de germânio impregnado com algum tipo de material. Quando aplicada a corrente elétrica, o fluxo de elétrons passa pelos cristais e, quando chega ao material impregnado, este passa por um processo de luminescência e emite luz (já falamos sobre a luminescência no texto sobre A Química da TV). A cor dessa luz vai variar de acordo com material. As lâmpadas nesse formato são compostas por fitas dentro do recipiente de vidro. Diferente das outras duas, a lâmpada de LED não faz o uso de filamentos, o que faz com que ela não perca energia térmica, como as anteriores. Resultado: a energia elétrica é convertida em sua maioria em energia luminosa, gerando um sistema muito mais eficiente.
As lâmpadas de LED são as queridinhas do mercado atualmente por todas as vantagens em relação às outras duas. Mas é importante identificar que a eletroquímica está presente em todos os sistemas comentados, mas as alterações em sua manipulação podem gerar resultados diferentes. Essa é uma das grandes belezas da ciência.